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Asia Bibi: Cristã continua presa por blasfêmia no Paquistão mesmo após testemunha retirar falsas acusações

Asia Bibi: Cristã continua presa por blasfêmia no Paquistão mesmo após testemunha retirar falsas acusações


A cristã católica Asia Bibi, que foi condenada à morte por enforcamento no Paquistão, continua presa mesmo depois da principal testemunha ter retirado as falsas acusações contra ela. Ela é mãe de cinco filhos e foi condenada à forca no Paquistão pela lei antiblasfêmia.

De acordo com James Channam, diretor do “Centro Dominicano de Paz”, em Lahore, as autoridades islâmicas do país não admitem a libertação da cristã mesmo com a possível mudança do testemunho de Qari Salam, que levou à condenação de Asia Bibi.

“Apesar de seu acusador mudar de opinião e retirar as falsas acusações que levaram a condenação de Asia Bibi por blasfêmia, os extremistas islâmicos não aceitam sua libertação. Asia Bibi, para eles, será uma para sempre uma maldição e ameaçaram a sua vida”, afirmou Channam.

Channam disse ainda, segundo a agência Acontecer Cristiano: “Todos esperamos uma solução pacifica e apropriada, mas posso dizer que hoje em dia os grupos islâmicos radicais, embora não muito forte a nível político e parlamentar, mas são muito influentes e poderosos nas ruas e nas praças, tem uma grande capacidade de mobilização e tem militares que estão prontos para qualquer coisa. Se puserem em liberdade Asia Bibi, ela não estaria segura”.

De acordo com a Rádio Vaticano mais de 580 mil pessoas, em todo o mundo, assinaram um petição pedindo ao governo do Paquistão que liberte Asia Bibi. A petição, on-line, foi lançada pela organização “Voice of Martyrs” (Vom) no site CallForMercy.com. No Brasil também há uma petição semelhante, no site peticaopublica.com.br.

James Channam falou ainda sobre a forma que a justiça paquistanesa opera: “É sob a pressão de extremistas islâmicos e longe de garantir a justiça, especialmente para as minorias religiosas”, afirmou completando que isso é óbvio para os tribunais, mas também se refere aos Tribunais de Apelação, como a Alta Corte de Lahore”.

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